Palmas-TO, 25 de abril de 2024

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Especialista fala sobre como lidar com os impactos da pandemia na saúde mental

Atualizado em: 29/04/2021 19h56

As mudanças causadas pela pandemia da Covid-19, acendeu o alerta para redobrar os cuidados com a saúde física e também com a saúde mental das pessoas. Diante do isolamento social, alteração na rotina de trabalho e das incertezas, sentimentos como a ansiedade e insegurança aumentaram neste período. Atenta a este momento, a Fundação de Apoio Científico e Tecnológico do Tocantins (Fapto) convidou o psicólogo e especialista em terapia comunitária, Piettro Lamonier, para um bate papo virtual, na tarde desta quinta-feira, 29, com a equipe de colaboradores da instituição.

De forma descontraída e didática, o profissional falou durante uma hora sobre os sentimentos e os efeitos colaterais do distanciamento social e da pandemia. Segundo ele, o isolamento apresentou em muitos casos piora do estado de saúde mental das pessoas. “Neste período, estamos em frequente estado de alerta, preocupados, confusos, estressados e com sensação de falta de controle frente às incertezas do momento. Primeiramente, precisamos reconhecer e aceitar os receios e medos, e depois tentar refazer os planos anteriormente programados, buscando adaptá-los às condições ligadas à pandemia”, orienta Lamonier.

O psicólogo disse ainda sobre a necessidade de manter ativa a rede afetiva, estabelecendo contato, mesmo que virtual, com familiares, amigos e colegas e realizar trabalhos que prazer. “Investir em atividades que tragam satisfação, exercícios e ações que auxiliem na redução do nível de estresse, são mecanismos que auxiliam a melhorar o humor e a gerenciar emoções durante a pandemia”, pontua.

O especialista lembrou ainda das inúmeras mudanças que foram necessárias acontecer, tanto no âmbito profissional quanto pessoal, depois da pandemia. “Os pontos que mais impactam na saúde mental, são os aumentos da sensação de insegurança, com a vida pessoal e profissional, da preocupação com a saúde física, de ansiedade e depressão, diminuição dos tempos de ócio e lazer e sensação de perda de tempo”, avalia Lamonier.

É possível notar que as pessoas estão cada vez mais cansadas, diz o psicólogo. “Com a chegada da segunda onda da doença, a sensação de insegurança aumentou ainda mais a ansiedade e a tristeza, sintomas que podem levar a crises de pânico, transtornos ansiosos, depressão”, observa.
Para o psicólogo, é preciso buscar o bem-estar diariamente, com atividades diárias que melhorem a saúde mental como um todo. Em meio à rotina e preocupações, nem sempre isso é fácil, mas é preciso fazer um esforço. Piettro deixou algumas dicas práticas que podem ajudar, veja abaixo.

- Criar lista diária do que precisa ser feito
- Estabelecer horários de começar e terminar de trabalhar
- Ter uma rotina mais motivadora
- Organizar momentos de lazer na rotina
- Elaborar planos de curto prazo
- Evite se informar demais
- Cuidar diretamente da saúde física