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Projetos de terras raras com o Brasil ganham financiamento alemão

Atualizado em: 19/02/2018 10h27

A busca por novos meios de obtenção de terras raras vai ganhar novo impulso no Brasil. A Alemanha, por meio do Ministério de Educação e Pesquisa (BMBF), anunciou que vai destinar 2,3 milhões de euros a iniciativas que serão desenvolvidas em parceria entre os dois países.

O recurso será destinado a três projetos contemplados pelo programa CLIENT II: Parcerias internacionais para inovações sustentáveis. O interesse por terras raras se justifica pela aplicação prática desses elementos químicos, por exemplo ímãs de alto desempenho usados em motores de veículos elétricos e turbinas eólicas, além de outros produtos de alta tecnologia.

No Brasil, os projetos serão desenvolvidos pela Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Goiás (UFG) e mineradora CMOC Internacional. O foco estará na extração de terras raras a partir de remanescentes da exploração de nióbio e fosfato, tanto de rejeitos quanto de depósitos antigos.

Do lado alemão, a coordenação será feita por Tobias Elwert, professor da TU Clausthal. A parceria conta ainda com a consultoria da FUGRO, do Instituto Helmholtz de Freiberg para Tecnologia de Recursos do Centro Helmholtz Dresden-Rossendorf, do Öko-Institut, dos especialistas em processamento Rainer Imhof e Heinrich Sprenger, e da empresa Outotec.

No Brasil, o desenvolvimento de produção de terras raras há alguns anos chamou a atenção da Alemanha, país com grande demanda por produtos que usam vários elementos desse grupo. Estima-se que a reserva de terras raras em território brasileiro seja a segunda maior do mundo, com 22 milhões de toneladas, atrás apenas da China.

Os projetos dessa parceria estratégica deverão ser desenvolvidos nos próximos três anos, e irão contemplar, além do desenvolvimento tecnológico para implementação industrial, análises de viabilidade econômica e ambiental.

Fonte: Centro Alemão de Ciência e Inovação - São Paulo